quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Treze de Janeiro de 2011

Querido diário,
não estou com muita paciência pra escrever hoje, então, farei um pequeno resumo do meu incrivel dia.
Acordei tarde pra variar, acordei, almocei e voltei a dormir. Mais tarde, quando retorno a acordar meus pais, estão brigando, discutindo, o que também não é novidade, to de saco cheio disso. É só eles brigarem pra minha mãe não ter vontade de fazer nada, ficar chata e pelos cantos, ou seja, ela vive assim, e logo, nosso plano de ir ao centro fazer compras foi por água abaixo. Normal.
Eu fui ao BIG, pegar a máquina fotográfica e o dvd que estavam no concerto, me encontrei com a Bruna, ficamos vagando pelo supermercado até decidirmos voltar. Assistimos um filme meio velho...... mas muito fofo, haha "Fica Comigo?", já de noite ela foi embora. 
E eu estou aqui, na mesma casa, na mesma velha sala, no mesmo velho computador. É a vida.
Espero que amanhã seja melhor,
boa noite diário!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011



I need you right here, by my side
you're everything I'm not in my life
we're indestructable, we are untouchable
nothing can take us down tonight

Doze de Janeiro de 2011


Querido diário,
eu sei, isso é tão clichê, mas eu sempre quis ter um diário, assim, um diário de verdade e não as minhas tentativas frustradas, quando eu acabava simplesmente esquecendo de sua existência, ou pior, quando a minha mãe acabava lendo minhas confissões e ainda pegava no meu pé por causa disso, - meros detalhes, ou não -, acho que isso me traumatizou um pouco, hahaha.
Hoje tinha tudo pra ser um dia bom, e de um certo modo até que foi legal. Minha mãe já me encheu o saco porque ela ia levar os parentes do meu pai no médico e levar a Luna - minha cadela -, no veterinário e eu tinha que tomar conta do telefone e do portão, caso a minha vó chegasse - sabe, quando a minha vó vem aqui em casa, realmente é um motivo de comemoração, porque isso é muito, muito raro de acontecer -, assim, que ela saiu para buscar a Maria e o Geraldo, eu adormeço e o telefone toca, era a Marina - minha amiga, dizendo que viria aqui em casa de tarde -, volto a dormir e logo a minha mãe chega, falando alto - só pra variar -, e eu me senti na obrigação de levantar, já que eu não ia mais consegui dormir, foi o mais cedo dos dias que eu levantei nesse mês, é.
Minha irmã tava o porre, mais do que o normal, fazia de tudo pra me irritar e me afrontar, logo ela saiu pra passear com a Lady e a minha mãe teve que buscar meu pai, me deixando com a louça pra lavar, bem querida não?! É, mas eu superei isso, amém. Minha vó chegou, lavei a louça, enxuguei, fiz suco de acerola - que ficou horrível -, o resto da tropa chega pra me irritar mais ainda.
Só sei que o decorrer da manhã - até umas duas da tarde, passaram lentamente, minha vó parecia estar deslocada, e mesmo eu estando em casa, parecia que eu não pertencia a esta casa, a este mundo, sensação difícil de ser descrita.
A Marina chegou me contando todas as suas peripécias de verão, senti um pouquinho de inveja, garotos aos seus pés, férias divertida, família unida... sinto falta disso. Em seguida, fomos a padaria (na Dona Francisca e na chuva) comprar comida e mais comida para satisfazer as visitas (minha vó e mais tarde a Patrícia juntamente da Dani). Depois foi o maior tédio, fomos ao computador e ficamos vendo orkut alheio, e vídeos no youtube e eu balançando a cabeça para meia dúzia de perguntas que ela fizera. E ah, ainda fizemos uma sessão de fotos supimpa haha, uma pena que o cabo da máquina tenha sumido, porque até que eu gostei das fotos, mi. :(
Mais tarde comemos, minha mãe ficou pegando no meu pé - o que me irritou demais, e mesmo eu dando aquele olhar 43 do tipo "é melhor tu parar agora", ela nada fez, pelo contrário, falou mais ainda. 
A Patrícia chegou, então, percebo que minha mãe tinha posto um vestido de festa e fico me perguntando por que cargas d'agua ela estaria trajando aquela roupa, perguntei e não obtive resposta, deixei de lado minha incógnita e fui cumprimentar elas.
Após um tempo, descubro que a minha mãe ia num suposto aniversário do amigo do meu pai, o que eu achei muito estranho, pois ela nunca vai nesses aniversários, mas ignorei. Ela começou a pedir desculpas à Pati e à vó, dizendo que não sabia do aniversário e tudo mais, então, elas foram embora, para a minha mãe poder terminar de se arrumar para ir ao aniversário. Estranho? Sim, muito.
Quando elas foram embora, minha mãe veio falar comigo
Kátia: Não tem aniversário nenhum, sabe porque eu inventei? Porque o teu pai disse que se ele chegasse em casa às nove horas e a Patricia estivesse aqui, ele expulsaria ela de casa, dizendo que ela era uma vagabunda, que se engraçava com cara casado e tudo mais.
Não consegui pronunciar muita coisa, era demais para a minha cabeça conseguir processar.
Camila: Hm.
Kátia: Ele tinha me proibido que a Patrícia viesse aqui, e eu disse que ele não podia fazer isso porque ela era a madrinha da Eduarda, mas ele disse que não queria saber, que ele não queria ela auqi quando ele chegasse em casa. E a gente brigou domingo de manhã, quando ele alegou que eu estava indo no bazar todas as segundas me encontrar com o Sérgio, e segundo ele, a Marli disse que eu estava me envolvendo com o Sandro também.
Trágico? Não, eu diria que é simplesmente parte de um jogo, o jogo de quem pode mais, igual aquele lance com o realismo, onde o mais forte sempre sobrevive, e assim vai, um testando o outro pra ver quem é mais forte. Se isso afetassem só os dois, era uma coisa, mas não é só a família que está sendo prejudicada, é todo mundo que está a nossa volta. 
Às vezes isso me faz pensar uma, duas, três, mil vezes sobre me casar; quando eu era menor, eu vivia num verdadeiro conto de fadas, meu príncipe encantado vivia numa caixa colorida ligada por uma tomada na energia, que aparecia e desaparecia quando eu queria com um simples botão. Eu sonhava que um príncipe lindo chegaria num cavalo branco e me levaria pra longe, bem longe, longe das preocupações, longe de tudo, longe do mundo. Um sonho lindo, perfeito e surreal. Muitas vezes, eu queria ter cinco anos de volta, conseguir realmente acreditar num mundo melhor, que sonhos podem acontecer, amores à primeira vista são reais, milagres no cercam a cada minuto do dia e que, finalmente, a gente não precisa de muito pra ser feliz. Eu não precisava de muito para ser feliz, eu só me perdi no meu trajeto até aqui.

Medos e Angustias

Nunca me dei muito bem com blogs, espero que esse seja diferente.
Sempre me considerei uma pessoa fraca, por mais que todos digam o contrário, eu nunca encontrei essa força que encontraram em mim, eu até posso me fazer de durona e tudo mais, mas é como se fosse uma máscara, no fundo eu só sou alguém que precisa de outra pessoa ao lado dizendo que tudo vai ficar bem. Odeio admitir isso. Mas essa é a verdade. Eu tenho medo de me mostrar vulnerável, eu tenho medo de ter medo. Eu sei que eu devia mudar a minha cabeça, mudar os meus pensamentos, encontrar coragem em algum lugar, mas eu simplesmente não consigo sair do lugar. Não sei o que está acontecendo comigo, às vezes a vida coloca cada peça na nossa frente que realmente é difícil de acreditar e mais difícil ainda de lidar, é como se uma hora tudo estivesse bem e de repente... não mais. As coisas mudam, as pessoas mudam e eu simplesmente espero que elas continuem as mesmas pra sempre; não sei lidar com mudanças, não sei lidar com o incerto.
Eu vejo todo mundo a minha volta, seguindo as suas vidas, com dificuldades ou não, eles vão vencendo dia a dia, confesso, que muitas vezes, eu sinto inveja das pessoas a minha volta, como elas conseguem isso, tudo parecer tão fácil, me envergonha dizer, mas às vezes até da beleza delas, uma beleza que eu não carrego comigo.
Isso está parecendo mais um desabafo de uma garota em depressão, ou simplesmente fazendo puro drama; talvez até seja, pela minha vidinha fútil e sem graça... é.
Eu espero realmente me reencontrar, saber o que eu quero e ter alguém do meu lado para então seguir em frente, é disso que eu preciso, eu preciso me sentir bem comigo e com o mundo.